quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Resenha do livro " A LÍNGUA DE EULÁLIA"

Expressões  sociolingüística
Por Rosemere Gomes da Silva, aluna do 6º período de Pedagogia da FFPNM-UPE
 Publicada em 1997, a obra de Marcos Bagno, A Língua de Eulália, procura mostrar que o uso de uma linguagem 'diferente', nem sempre pode ser considerado um "erro de português". A obra conta a história de três estudantes universitárias dos cursos de Psicologia, Letras e Pedagogia que escolhem a chácara de professora Irene, em Atibaia -SP, para passar as férias escolares. No decorrer dos dias, as jovens vão se integrando cada vez mais com a professora em situações não formal, desenvolvendo conhecimentos e observações diferentes dos aprendidos em sala de aula, tendo oportunidade de reciclar, com diferentes padrões, os vários conceitos da língua portuguesa. O que fica claro nesse livro é que não existe um jeito certo ou errado de falar, mas sim heranças lingüísticas vindas de outros países e certas línguas, já consideradas mortas como o Latim. No Brasil quem não fala o português acadêmico é considerado sem cultura. Mas felizmente alguns escritores estudiosos de línguas, estão lutando para libertar o povo desses preconceitos lingüísticos, e vamos querer acreditar que o ensino da língua portuguesa, num futuro bem próximo, seja dado de uma forma que respeite o Brasil como um todo, levando-se em consideração o falar de cada estado, cada região, cada aldeia. Não existe uma unidade lingüística do Brasil, daí permitiu-se a criação do chamado “português-não-padrão”, que são as formas que fogem da norma padrão. Irene, então, define as nomenclaturas PP, para português-padrão e PNP para português não-padrão e propõe que o estudo seja centralizado em cima das diferenças entre eles.    Enquanto o  PNP  é natural, transmitido, apreendido, funcional e marginalizado, o PP é artificial, adquirido, aprendido, redundante e oficial. Criar personagens que discutem entre si as questões teóricas da língua  foi uma saída genial para que a obra perdesse o aspecto de leitura cansativa, tradicional em obras teóricas.  A Língua de Eulália conduz o leitor a uma verdadeira "viagem  ao País da Lingüística", e  ajuda a entender mais a nossa língua portuguesa.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Produção de jogos de alvo na pré-escola

Objetivo
- Construir jogos de alvo para dar de presente na brincadeira de amigo-oculto.

Conteúdo
- Jogos e brincadeiras.

Anos
Pré-escola.

Tempo estimado
Quatro meses.

Material necessário
Jogos de alvo, placas de madeira, caixas de sapato, pregadores de roupa, botões, cola, tintas guache, pincéis, rolos de pintura, tesouras, elásticos e objetos que podem servir de obstáculos.

Flexibilização
Para que a criança com deficiência intelectual seja bem apoiada, o primeiro trabalho de criação dos jogos pode ser realizado em grupos maiores, de três ou quatro crianças. O envolvimento dos pais nas atividades da sequência é essencial. Para a etapa em que os pais são convidados a ir até a escola para apresentar um jogo, é muito importante a participação dos responsáveis pela criança com deficiência intelectual. Eles podem mostrar o jogo à criança previamente, pois no caso da deficiência intelectual é fundamental diversificar conteúdos e meios de acesso. Quanto mais jogos a criança conhecer, mais fácil se torna compreender a lógica dos jogos de alvo e percurso. Ofereça um tempo razoável para que as crianças possam desenvolver o jogo individualmente. A criança com deficiência intelectual deve contar com a ajuda dos pais e do educador responsável pela sala de recursos. Respeite os avanços e valorize as habilidades dessa criança. Você pode ajudá-la a ter ideias de jogos relacionados a situações do cotidiano e a características do colega que será presenteado e que sejam percebidas pelos pequenos. A interação com os colegas e a prática de outras brincadeiras no contraturno ajudam a reforçar as estratégias adotadas pela criança com deficiência mental.

Desenvolvimento
1ª etapa
Leve à turma diversos jogos de alvo para que conheçam como são (boliches, dardo ou bilhar, por exemplo). Apresente suas regras e deixe que brinquem.

2ª etapa
Disponibilize para as crianças os materiais e diga que façam seus jogos. Proponha que, em duplas, planejem, construam um brinquedo que tenham as características dos conhecidos na etapa anterior e testem sua criação. Fique atento às necessidades e intervenha, ajudando na manipulação de cola ou sugerindo que utilizem tinta para pintar grandes superfícies.

3ª etapa
Organize a turma em roda e peça que cada dupla apresente sua criação aos colegas. A intenção é que aprimorem seus jogos, sugerindo novos elementos ou regras às outras crianças. Nos dias seguintes, deixe que façam os ajustes e brinquem.

4ª etapa
Chame um convidado (como outro professor, alguém da comunidade ou uma criança mais velha) para levar um jogo de alvo à escola e ensinar seu funcionamento. É importante que ele leia as regras para a turma se habituar com o texto instrucional.

5ª etapa
Divida a turma em grupos de quatro. Disponha caixas com materiais e proponha que criem outros jogos, inspirando-se no que aprenderam até então. Organize nova roda: da mesma maneira em que trabalharam na 2ª etapa, a intenção é que possam conversar sobre as melhorias de seus jogos com os colegas e, em seguida, façam as alterações.

6ª etapa
Convide um adulto para observar os jogos elaborados e dar dicas de como melhorá-los ainda mais (como no acabamento ou nas regras). Dê tempo para que possam fazer as alterações.

7ª etapa
Com base na leitura atenta de textos instrucionais, peça que as crianças ditem as regras de seus jogos e seja o escriba. Organize os dados no quadro e depois registre-os em papel (esse material vai acompanhar os jogos dados de presente).

8ª etapa
Proponha a entrega dos presentes aos amigos ocultos.

Produto final
Jogos de alvo.

Avaliação
Analise o desempenho das crianças no decorrer do projeto, observando se participam das propostas, se têm ideias para a confecção dos jogos, se socializam as regras e se interagem e cooperam com os companheiros. Note se relacionam a direção e a força para acertar o alvo.

FONTE: http://revistaescola.abril.com.br/educacao-infantil

Como criar jogos de alvo com os alunos da pré-escola



Para criar seus próprios jogos de alvo, as crianças precisam saber planejar, escolher os materiais utilizados e discutir as normas da partida.

Jogos são essenciais na Educação Infantil por desenvolverem a autonomia e a sociabilidade dos pequenos. A atividade faz com que eles se relacionem uns com os outros e aprendam a esperar a vez e cumprir regras. E tão importante quanto jogar é o professor propor a criação dessas brincadeiras pela garotada, o que inclui trabalhar nas regras, nas peças, no suporte e no acabamento, escolhendo como revestir ou pintar. Com isso, você ajuda a turma a desenvolver várias habilidades, como tomar decisões e exercitar a imaginação, com a vantagem de aprimorar a coordenação motora e a capacidade de transformar objetos.
Para as crianças aprenderem a elaborar jogos, inicialmente precisam ter contato com eles. Uma opção interessante são os jogos de alvo, como boliche, bilhar, bola de gude e argola. Eles favorecem a estruturação do espaço, já que exigem conseguir acertar a mira ajustando a força à distância. Se a opção for outros jogos em grupo, como os de esconder, de corrida, de perseguição, de descoberta, de cartas ou de tabuleiro, apresente outras referências. Sabendo das diferentes possibilidades, os pequenos prestam atenção em como funcionam, o que é mais desafiador ou mais agrada, e utilizam essas ideias no momento da construção de seus novos jogos.

FONTE: http://revistaescola.abril.com.br/educacao-infantil

domingo, 19 de setembro de 2010

                                          Esta sou eu, Rosemere Gomes, aluna de    pedagogia da FFPNM- UPE
   
                Descobrindo o mundo da Educação Brsileira.

Qualidade de vida também é missão da escola

Entendemos que, diante da problemática envolvendo alto índice de sedentarismo, de doenças causadas pela falta de alimentação balanceada, de descuido consigo mesmo e estresse, a escola não pode fechar os olhos. Devemos também nos preocupar com a qualidade de vida dos nossos estudantes.

     Achamos impossível um aluno estar durante anos da sua vida, num ambiente de cultura e informação, sem saber como ir ao supermercado e fazer uma compra correta para ter uma alimentação mais saudável ou não saber da importância da atividade física para seu bem-estar e não ter nenhum conhecimento de como prevenir o estresse e suas maiores conseqüências.

Teoria e prática

     Os alunos já trazem consigo uma carga enorme de trabalho e uma realidade de vida bastante difícil. A escola atende alunos de diferentes níveis sociais e a faixa etária é diversificada. Portanto o aprendizado para essa realidade é urgente, e sua aplicabilidade imediata.

     Procuramos no projeto contemplar três áreas que julgamos indispensáveis quando tratamos de qualidade de vida: atividade física, nutrição e estresse.

     As atividades aconteceram no período de uma semana, sempre contemplando teoria e prática, ou seja, conhecer o assunto e saber sua aplicabilidade. Na noite sobre nutrição houve ampla explanação da nutricionista sobre os grupos alimentares, os alimentos maléficos e alternativas para pequenas mudanças no nosso dia-a-dia. Na merenda foi servida uma salada de frutas, sendo as frutas trazidas pelos próprios alunos. No final, os alunos receberam um caderno de receitas com produtos naturais, elaborado por eles próprios.

     Quando o tema estresse foi tratado, um especialista fez ampla abordagem sobre o assunto. Foi oferecida uma alternativa prática para combater o mal. Todos tiveram uma aula de biodança e puderam constatar, na prática, o bem que as atividades simples podem trazer para a vida. Com relação à atividade física, a professora abordou a importância, seus benefícios, as complicações do sedentarismo e atitudes simples que podemos tomar para o nosso bem-estar.

     Também foi calculado na escola, com os alunos, o IMC (Índice de Massa Corporal) e foi medida a pressão arterial com pessoas especializadas. Cada oficina teve atividades variadas (dança, ginástica e jogos) e cada um dos participantes fez uma opção, de acordo com seu gosto pessoal. Todas as atividades tiveram caráter lúdico e recreativo, pois podemos nos divertir durante uma atividade esportiva.

     Segundo pesquisas, sabe-se que o percentual de pessoas sedentárias no mundo chega a 60%. Por isso a escola tem obrigação de alertar seu público sobre a conseqüência de tanto descuido consigo mesmo. Nosso objetivo, enquanto educadores, além de oferecer ferramentas com relação à vida profissional dos alunos, também é fazer deles cidadãos mais saudáveis e, com isso, mais felizes.

Mônica Kliemann,
professora, pós-graduada na Unijuí, RS.